Nesse ano, os mato-grossenses têm estranhado os aumentos dos combustíveis nas bombas dos postos. Diversos aumentos consecutivos impactaram o preço da gasolina, diesel e etanol no Estado.
Foram publicadas várias notícias no MT Econômico informando a população dos aumentos recentes do combustível. No final dessa matéria vamos colocar alguns links, caso queira rever a evolução dos preços ao consumidor.
Diante disso, fica o questionamento se o aumento de preço está relacionado à carga tributária, que todos sabem, no Brasil é algo que pesa no bolso dos empresários.
Segundo informado pelo governo de Mato Grosso, a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de etanol é a mais baixa do Brasil (12,5%). O resultado foi apontado em um levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). O secretário de Fazenda do Estado de Mato Grosso (Sefaz), Rogério Gallo já tinha alertado que os aumentos não estão relacionados aos impostos dos combustíveis, como ICMS e PIS-COFINS.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, Mato Grosso tem a menor alíquota do Brasil. “Temos hoje a menor alíquota de ICMS do etanol no país, cobrada desde janeiro de 2020, portanto, o aumento não tem relação com o imposto cobrado no Estado. O que precisamos é que a política da Petrobrás seja alterada para que a composição dos preços beneficie diretamente o cidadão”, afirmou Mauro Carvalho.
Conforme o levantamento, o Estado do Rio Janeiro tem a alíquota mais alta: 32%; seguido do Tocantins, com 29%. No Distrito Federal, os dados apontam uma tributação de 28%. Nos Estados vizinhos, o valor cobrado também é superior, como no caso de Mato Grosso do Sul, com 20%; seguido de Goiás, com 25%.
Em São Paulo, o imposto sobre a alíquota é de 13,3%, deixando-o em segundo lugar na lista de Estados que praticam a menor carga tributária de combustíveis no país. O terceiro lugar é ocupado pelo Estado de Minas Gerais, com 14%.
Motoristas de aplicativo
O aumento nos combustíveis tem prejudicado a população de Mato Grosso e principalmente os motoristas de aplicativo. Estudo da Sefaz aponta que 90% dos condutores que utilizam o carro para trabalhar e gerar renda alternativa usam o etanol para abastecer seus veículos.
Segundo informado em matérias anteriores pelo MT Econômico, o aumento de preço na gasolina e diesel é decorrente dos aumentos consecutivos nas refinarias impactado pelo valor do petróleo internacional e preço do dólar. Somente em 2020, houve mais de 50% de elevação até hoje.
Já o etanol, o diretor do Sindicato das Industrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge do Santos, justificou à nossa reportagem, que o setor teve um aumento expressivo no custo de produção. Em apenas um mês, o etanol subiu cerca de 27% em Cuiabá.
Veja abaixo algumas matérias publicadas pelo MT Econômico informando a população sobre os aumentos de preço no combustível:
Deu a louca do etanol: Combustível chega a R$ 4,17 o litro em Cuiabá
Rogério Gallo diz que alta dos combustíveis não está relacionada aos impostos